terça-feira, 21 de julho de 2009

BALAS PARA CRESCIMENTO

4ª atividade – GESTAR II 17/07/09

Segundo Volnyr Santos “Um texto diz mais do que diz”, na proposta de discutir a questão textual, é importante lembrar que a leitura de um texto necessariamente é única, ou seja, é possível encontrar numa narrativa, por exemplo, informações que, aparentemente, fogem ou ao interesse, ou à atenção, ou simplesmente ao desconhecimento do leitor e, muitas vezes, ao domínio do próprio redator do texto.
E, ao iniciar a 4ª atividade, primeiramente, necessitava que os alunos trouxessem “bulas de remédio” e, durante a aula, analisamos os textos e o tipo de texto exposto numa “bula”: Qual o objetivo do texto? A quem se dirige? Que tipo de verbos é empregado nesse texto? Quais as partes de uma bula de remédio? Quais são as expressões que indicam as seqüências das ações?
Após todos os questionamentos, distribuí balas coloridas “rosa, branca, vermelha, verde, amarela, azul”, cada aluno escolheu uma bala, estavam desconfiados, com medo, pedi que comessem, mas alguns não o fizeram, ficaram com medo, achavam que tinha alguma coisa por trás da proposta, outros não, fizeram o que eu pedi sem restrições. Foi muito engraçado, sentir aquela desconfiança no ar...
E, seguindo com a proposta entreguei o texto “Balas para crescimento” e, conforme eu lia, eles começaram a se tranquilizar e aqueles que não haviam comido, aceitaram a bala como um agrado, pois se tratava de uma brincadeira.
Conversamos sobre o texto, se ele se assemelhava as bulas de remédio, eles acharam engraçado, no entanto mais fácil de entender, gostaram bastante da atividade proposta e lancei um desafio: que eles confeccionassem algum remédio e apresentassem qual a serventia ao ser humano, eles toparam.
Escrever não é uma atitude que se esgota no simples gesto de organizar algumas linhas nas quais certas idéias tomam corpo. Escrever é ter uma posição definida em relação ao que se pensa. Mas não é só isso. É necessário também que se reforce, junto com essa idéia, a convicção de que, com a expressão daquilo que se pensa, se estabelece uma forma de intercâmbio social e, ao mesmo tempo, um diálogo com o mundo cultural que nos envolve e do qual somos parte.

DESCRIÇÃO DE PROFESSOR

3ª atividade – GESTAR II

A partir da atividade inicial, caracterização de objetos através de palavras, que foram distribuídas a cada aluno e fizeram a caracterização com bastante animação. Todos estavam muito empenhados e entusiasmados em realizar a tarefa, apenas um aluno não quis participar e eu deixei-o ficar de fora. A brincadeira foi tão divertida que ao final não queriam parar.
Após a brincadeira lancei a interpretação do texto, li com bastante calma, pronunciando as palavras que acredito que encontrariam dificuldades em identificar o significado, usamos o dicionário a cada palavra desconhecida, sempre relacionando com o contexto.
Ao longo da interpretação os alunos encontraram dificuldades quanto a linguagem apresentada no texto, pois alguns vocábulos não fazem parte da realidade deles, mas acredito que nós professores da Língua materna não podemos deixar de apresenta-las, aos nossos alunos tão distantes da língua culta, um vocabulário mais elaborado, pois só assim, eles terão condições de se “igualarem” a qualquer cidadão brasileiro, seja ele rico ou pobre, negro ou branco.
É isso que torna o Gestar II tão importante, pois de norte a sul estaremos aplicando as mesmas atividades de Interpretação e escrita e, aí está o grande diferencial na educação.
A próxima atividade, após a interpretação, foi caracterizar um professor, descrevendo-o com detalhes. Foi muito legal, observar as características dos colegas através dos alunos, todos leram e foi muito divertido.

DESCRIÇÃO DA PROFESSORA DE MATEMÁTICA:

“Ela tem um pé médio, mais ou menos magra, nunca veio de salto alto, meio morena, cabelos não muito longos. Ela é muito legal, não escrevemos muito na aula dela e não é brava...ela é muito simpática e tem bastante número nas aulas dela” Elisa Daminelli

quarta-feira, 8 de julho de 2009

2ª atividade do GESTAR II


2ª atividade do GESTAR II

Todo pensamento vem expresso por uma linguagem. Pode-se, por isso, dizer (simplificadamente) que tudo é linguagem. As diferentes formas de conhecimento se expressam através de um tipo de linguagem que se manifesta num texto. È a linguagem que determina o tipo de texto que se deseja escrever, razão por que se diz que um texto pode ser literário ou não-literário.
Partindo desse princípio a 2ª atividade escolhida para aplicação com a 5ª série foi um texto literário que esta dentro da nossa história de vida, de história . Trabalhei com o gênero poético, o cordel.
Para entender esse gênero, lemos as estrofes iniciais do texto “Satanás trabalhando no roçado de São Pedro” e, após a leitura, passei uma caixinha ao som de uma música, quando parava, o aluno tirava uma cartela, que continha uma explicação, relato ou observação sobre esse gênero que teve origem em Portugal, na Idade Média.
Conversamos sobre “cordel”, que relação poderíamos fazer com o nosso folclore e a conversa se estendeu as nossas trovas que fazem parte do folclore do Rio Grande do Sul, que se assemelham a Literatura de Cordel.
Os alunos participaram bastante contando causos que eles conheciam e, a partir daí, pedi-lhes que produzissem uma trova intitulada “Grande Festa no arraial do Olavo Bilac”, eles adoraram o título e saiu lindos poemas, que foram pendurados em “cordas”, fazendo referênciaendo referdurados em cordas ilaca intitulada " eles conheciams trovas que fazem parte do folclore do Rio Grande do Sul, que ao texto trabalhado.

1ª atividade do GESTAR II


A educação é um processo que se dá por acúmulo; por essa razão, é preciso obedecer às várias etapas que o processo impõe. Uns alcançam resultados mais rápido que outros; todos, no entanto, estão submetidos a aprendizagem e, de acordo com essas considerações, a primeira atividade desenvolvida no GESTAR II, foi a “Fábula”, pois já trabalhara com esse tipo de texto ao longo do trimestre.
No entanto, há algumas questões que envolvem o ato de escrever e, por conseqüência, o de elaborar uma redação. E, quando se fala de redação, se pensa no ato de redigir, escrever o que pensa a respeito de determinado assunto, alguma coisa que vem de dentro para fora, algo sobre o qual há o desejo de dizer.
O escritor e humorista brasileiro Millôr Fernandes brinca, dizendo que saber pensar é só pensar. É claro que pensamos, porque pensamos, isto é, a causa do pensar tem como consequência o próprio pensar. Indo mais adiante. Nietzsche afirma que só se pode conhecer o que não se conhece com o que se conhece.
E, assim, introduzi a proposta que desenvolvi em duas aulas. Primeiramente, distribuí envelopes com os textos “A cigarra e a formiga – a formiga boa” e “A cigarra e a formiga – a formiga má” em quatro grupos de uma 5ª série da Escola Olavo Bilac em Imbé-RS, com 18 alunos.
Os textos foram recortados para que os alunos pudessem montá-lo de acordo com estrutura e coerência e, felizmente houve um interesse bastante grande em concluir a atividade. Após o término da montagem dos textos, distribuí o desenho que faziam parte da proposta e entreguei duas perguntas: “a) Qual a idéia de trabalho que está por trás da atitude da formiga má? b) E por trás da formiga boa?”
Cada grupo respondeu de acordo com o texto que leu; após esses questionamentos conversamos sobre as respostas obtidas pelos alunos e discutimos mais algumas questões com relação ao tipo de texto abordado, ou seja: Por que esses textos são classificados como fábulas? Falamos um pouco sobre a moral das duas histórias e, isso nos fez refletir sobre os dias de hoje, fazendo referência sobre as cigarras da nossa sociedade e as formigas...quem são elas...o que fazem conosco...para que servem...
E, ao final do trabalho, sugeri que os alunos criassem uma versão para a cena observada e entregassem.Os textos foram lidos e reescritos e meus objetivos foram alcançados.
Ao longo dessa atividade, sugerida pelo GESTAR II, constatei que cada criança escreve para dizer, não o que sabe, mas o que não sabe, o que não é, mas quer saber e quer ser. Quando eles escreveram, pensaram, portanto, para escrever, ninguém é privilegiado seja com o dom, seja com a técnica. Esses dois elementos, na realidade, são instrumentos que a própria escrita aprimora.
É claro que, para redigir, é necessário dominar algumas “técnicas”; o simples ato de redigir já é uma técnica, isto é, a parte de um conjunto de habilidades.
Escrever é, em suma, buscar a diferença, porque é a diferença que constitui o indivíduo. É por essa razão que, para escrever, não funcionam as ideias prontas, as repetições, os clichês, os lugares-comuns. Não é isso o que os diferencia: são de um modo totalmente deles, têm a história de cada um, os desejos. O texto é, por isso, sempre diferente, porque o objetivo, com ele, é fazer-se conhecer.