quarta-feira, 26 de agosto de 2009

CIRCUITO FECHADO

CIRCUITO FECHADO - 20/08/09

Quem já parou para pensar nas imagens que vemos ao longo do dia?

A aula partiu desse questionamento e, a partir daí, indaguei-os a respeito de imagens que veem, o que sentem e, o que, realmente gravam ou se lembram.
Cada um, após a reflexão, ilustrou com imagens o percurso da casa à escola. E, aí, apareceram diversas ilustrações interessantes. Ex.: casa bem pequena e a escola enorme ou vice versa, casa enorme e escola pequena.
Com isso, constatei que quem somos, ou o que somos nesse mundo tão grande? Como nos sentimos perante os outros? Que processos de letramento ou cultura cada indivíduo tem, ou precisa adquirir para se tornar um ser letrado.
Ao entregar o texto “Circuito fechado” fiquei observando-os, estavam estranhando e perguntaram: “Sora, isso é um texto?” ou “ o que mais tem aqui é vírgula” “ um monte de objetos né, Sora?” “repete coisas também”. Olhavam-me, esperando respostas àquele texto tão estranho.
Ao terminarem, perguntei se entenderam o texto; estavam confusos, pois o texto só apresentava “objetos” e disseram não entendê-lo, porque não tinha história. Então, eu fiz a leitura e aos poucos construí as imagens do dia de uma pessoa comum e, assim aprofundamos a compreensão do texto e novas formas de narrar com uma linguagem repleta de imagens e significados.
Depois disso, questionei-os se entendiam porque o texto recebia o título de “Circuito fechado” – conversamos sobre isso e, também, sobre qual seria o objetivo do texto e porque o personagem não tinha nome.
As respostas surgiram em forma de questionamentos e todos entenderam a proposta apresentada, criaram significados novos ao texto.
Entenderam a importância e a relevância de conhecimentos prévios na produção de significados, ou seja, o leitor a partir, de seus conhecimentos pode dar um novo olhar ao texto, por isso não podemos considerá-lo um ser passivo, ele é extremamente agente de conhecimento e consegue por si próprio decodificar a mensagem exposta. E aqui, fica claro que o professor também é um agente que proporciona o conhecimento ao seu aluno, através de questionamentos e intervenções.

Um comentário:

  1. O resultado do teu trabalho está claro nos teus relatos.
    ”... cada um pode desenvolver suas potencialidades e compreender o que pode fazer para melhorar o convívio social, dentro de uma abordagem ética e moral, enfatizando a valorização do ser humano, porque podemos transformar nossa realidade, a partir do momento que, em que temos confiança em nossa capacidade.”, ( PAULA, 2002, p. 91). Confiança e profissionalismo estão expressos no teu trabalho, onde a mudança já está acontecendo.
    Parabéns!!!!
    Fabi Imbé

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