terça-feira, 8 de dezembro de 2009

NOSSO LIVRO, GRANDE LIVRO...

Escola Municipal de Ensino FundameNtal Olavo Bilac





HISTÓRIAS DE HOJE E SEMPRE




Autores:
Alunos de 5ª e 6ª série

-2009-










APRESENTAÇÃO


Caro leitor:
Este livro foi escrito para você.
Para você que é curioso, gosta de aprender, de realizar coisas, de trocar ideias sobre os mais variados assuntos, que não se intimida ao dar uma opinião...porque tem opinião.
O objetivo deste livro, foi apresentar uma coletânea das produções de textos criadas pelas turmas 51, 52 e 61 da Escola Olavo Bilac no Município de Imbé no ano de 2009, orientados pela professora Lizandra Streher da Costa.
Além disso, os textos fizeram parte de um trabalho apresentado em um projeto de pesquisa, o qual a professora participou no ano de 2009, o Gestar II.
1 - Errando histórias
Vamos errar de propósito algumas histórias conhecidas para ver do que nossa imaginação é capaz? Então, mãos à obra! Reúna-se com seus colegas e escolham um dos inícios de contos de fadas abaixo, deem asas à imaginação e escrevam a continuação da história
Após a leitura da história clássica da Bela Adormecida para a 5ª série, o professor propôs a elaboração de histórias a partir das propostas abaixo:

• Era uma vez uma menina que se chamava Chapeuzinho Amarelo e morria de medo de lobo.
• No meio de uma floresta densa e escura, viviam felizes quatro porquinhos músicos e cantores.
• E de uma ninhada de patos nasceu um patinho lindo, que era elogiado por sua beleza e inteligência por todos os animais. Um cisne feio e invejoso...
• Na hora do baile real, a irmã mais velha de Cinderela foi à horta apanhar hortelã para mastigar e ficar com o hálito cheiroso. A fada madrinha de Cinderela, por ser míope e ter esquecido os óculos na Terra do Encanto, confundiu a irmã com a afilhada e então...







2 - Histórias ao contrário

Vamos inverter os papéis das personagens e escrever uma história ao contrário?
Após a leitura da história clássica da Bela Adormecida para a 5ª série, o professor propôs a elaboração de histórias a partir das propostas abaixo:

• A Cinderela é tão má e desobediente que deixa a madrasta enlouquecida: não ajuda em casa, vai mal na escola e ainda tenta roubar os namorados das irmãs.
• Branca de Neve é feia e tem uma raiva danada da rainha por ser tão bela e bondosa. Não ouve os conselhos e fez amizade com uma turma da pesada.
• A Bela Adormecida acha que dormir é a chave para ser bela e jovem. Então, em qualquer cantinho e a qualquer hora, ela dorme...dorme...dorme...
• João e Maria não têm coração: abandonaram os pais, velhinhos e sem força para trabalhar, numa rua movimentada de uma grande cidade.
Enfim, este livro foi escrito para você que deseja aprimorar sua capacidade de interagir com as pessoas e com o mundo em que vive.


Um abraço,


Os Autores.
















Cinderela um bebê impossível de nascer

Era uma vez um rei e uma rainha que morava num castelo no topo de uma montanha. Eles tentaram ter um filho ou uma filha, num dia de inverno, estava chovendo muito, apareceu uma velhinha pedindo ao rei e a rainha abrigo e comida. Mas eles recusaram e expulsaram a pobre velha.
Então ela disse que podia ajudá-los a ter um filho e o rei deixou-a entrar e falou:
- Como pode nos ajudar?
- Dando um xarope.
Então o rei e a rainha pensaram e disseram que a velhinha podia passar a noite no castelo. No outro dia perceberam que a velha não estava mais ali.
E o casal pensou que podia ser uma farsa passar a noite no castelo. A velha sentindo-se culpada, voltou ao castelo e pediu desculpas.
O rei abriu a porta e a velhinha de joelhos pediu desculpas. O rei disse:
- Por que estás pedindo desculpas?
- Porque o xarope que dei para vocês era para o bebê do mal.
- Mas fará efeito?
- Sim, mas o efeito da maldade, vai começar aos três anos de idade.
Três meses depois o filho da rainha e do rei nasceu. Para surpresa dos dois era uma menina e deram o nome de Cinderela.
Ela cresceu saudável. Três meses depois o efeito da maldade começou. Aos 5 anos começou responder para os pais, ia mal na escola, não respeitava ninguém.
Então o rei mandou encontra a velha, pois só ela tinha o xarope contra o efeito. Dois dias depois os guardas do rei trouxeram a velhinha e o rei forneceu os ingredientes para fazer o efeito da maldade. Feito o xarope o rei deu para a menina beber.
Então o efeito se reverteu e a menina voltou a ser a bela Cinderela, calma e tranqüila e todos viveram felizes para sempre.

Anderson e Ariel
Turma: 61





CHAPEUZINHO VERMELHO


Era uma vez uma menina que se chamava Chapeuzinho Amarelo e morria de medo de lobo.
Naquela manhã Chapeuzinho Amarelo sentiu vontade de visitar seu avô na cidade. Chegando lá viu várias pessoas comentando que o lobo estava na casa de um senhor, Chapeuzinho Amarelo assustada correu para casa de seu avô para perguntar se ele sabia dessa história.
Quando chegou à casa de seu avô viu o lobo sentado no sofá conversando com o velho avô. Assustada, a menina começou a gritar socorro aos vizinhos. Os vizinhos assustados com todos aqueles gritos, quiseram saber o que havia acontecido e ela contou tudo. Quando os vizinhos entraram na casa para pegar o lobo, o avô sem saber, perguntaram porque todos estavam invadindo a casa deles.
Os vizinhos disseram que eles queriam pegar o lobo. O vovô disse que não era para pegar o lobo, pois ele só estava fazendo uma entrevista e que o lobo era um repórter.
Os vizinhos estavam muito bravos com Chapeuzinho, porque ela tinha feito aquela gritaria em vão. Mas ela explicou que não sabia que se tratava de uma entrevista.
Depois de tudo resolvido todos viveram felizes para sempre.


Helen Soares, Thainá Flor e Alex dos Santos
Turma 52
















DEU A LOUCA NA FADA


Na torre mais alta na Terra do Encanto, havia um baile no castelo real em que todos estavam convidados.
Estava indo tudo bem, de repente Cinderela lembrou-se de que havia de escovar os dentes, mas não faria gargarejo. Então pediu para sua irmã mais velha pegar um chá de hortelã, para poder mastigar.
Na hora do baile, a irmã mais velha de Cinderela foi à horta apanhar hortelã para a irmã mastigar e ficar com hálito cheiroso. A fada madrinha de Cinderela, por ser míope e ter esquecido os óculos na Terra do Encanto confundiu a irmã com a afilhada, então deu uma confusão e tanto e a fada lhe perguntou:
- O que vai me pedir hoje, minha afilhada?
- Afilhada, eu? Eu sou a bela a irmã mais velha de Cinderela e ela me pediu para buscar hortelã.
- Bela, desculpe! É que eu me esqueci de pegar meus óculos e agora estou confundindo as pessoas e as coisas.
Horas depois, Bela foi até o castelo entregar a hortelã a sua irmã e lhe disse :
- Acabei de ver sua madrinha e ela estava doente, disse que estava míope!
- Míope!
- Míope deve ser uma doença muito grave - disse Bela
- Míope não é doença e sim um problema que dá no olho e tudo mais...
No fim de tudo Cinderela e Bela ficaram ali rindo e viveram dali em diante.



Karoline, Mateus e Fabio Junior
Turma 52











OS QUATRO PORQUINHOS E O LOBO



No meio de uma floresta, no norte dos Estados Unidos, densa e escura, viviam felizes quatro porquinhos músico e cantores.
O nome do mais velho era Mekelangio, o segundo se chamava Rock, o do meio Kazusa e o caçula Michel suíno, juntos eles formavam os suínos Faives e faziam muito sucesso por onde passavam.
Um dia apareceu um Lobo guitarrista que tocava um Rock legal e sentia uma inveja muito grande dos suínos Faives, porque eles faziam mais sucesso que o Lobo.
O Lobo guitarrista tentou matar os suínos Faives, mas não conseguiu e pediu desculpas.
Os quatro irmãos músicos e cantores desculparam o Lobo guitarrista e ainda o convidaram a entrar na banda., como compositor e guitarrista, e todos viveram felizes para sempre.



Pámela, Diuliane, Emerson e Bruno
Turma 52

PROJETO: CONSTRUINDO VALORES NA ESCOLA

PROJETO PILOTO: CONSTRUINDO VALORES NA ESCOLA
PERÍODO: 28 DE ABRIL A DEZEMBRO DE 2009

Problemática:

Atualmente nossa sociedade mostra-se carente de valores que desencadeiam inúmeros problemas, falta de respeito mútuo, uso de drogas, violência, falta de leitura, problemas de interpretação, problemas na escrita, entre outros. É neste cenário que vivem nossos alunos, pais e educadores que estão buscando ajuda para mudar esta tendência alarmante. Acreditamos que parte da solução destes inúmeros problemas esteja em dar ênfase ao ensino de valores.

Fundamentação teórica:
Convém afirmar que o trabalho com a leitura, compreensão e a produção escrita em Língua Materna deve ter como meta primordial, o desenvolvimento no aluno de habilidades que façam com que ele tenha capacidade de usar um número sempre maior de recursos da língua para produzir efeitos de sentido de forma adequada a cada situação específica de interação humana.
Luiz Antônio Marcuschi (UFPE) defende o trabalho com textos na escola a partir da abordagem do Gênero Textual. Marcuschi não demonstra favorabilidade ao trabalho com a Tipologia Textual, uma vez que, para ele, o trabalho fica limitado, trazendo para o ensino alguns problemas, uma vez que não é possível, por exemplo, ensinar narrativa em geral, porque, embora possamos classificar vários textos como sendo narrativos, eles se concretizam em formas diferentes – gêneros – que possuem diferenças específicas.
Por outro lado, autores como Luiz Carlos Travaglia (UFUberlândia/MG) defendem o trabalho com a Tipologia Textual. Para o autor, sendo os textos de diferentes tipos, eles se instauram devido à existência de diferentes modos de interação ou interlocução. O trabalho com o texto e com os diferentes tipos de texto é fundamental para o desenvolvimento da competência comunicativa. De acordo com as idéias do autor, cada tipo de texto é apropriado para um tipo de interação específica. Deixar o aluno restrito a apenas alguns tipos de texto é fazer com que ele só tenha recursos para atuar comunicativamente em alguns casos, tornando-se incapaz, ou pouco capaz, em outros. Certamente, o professor teria que fazer uma espécie de levantamento de quais tipos seriam mais necessários para os alunos, para, a partir daí, iniciar o trabalho com esses tipos.
Para Marcuschi, Tipologia Textual é um termo que deve ser usado para designar uma espécie de seqüência teoricamente definida pela natureza lingüística de sua composição. Em geral, os tipos textuais abrangem as categorias narração, argumentação, exposição, descrição e injunção (Swales, 1990; Adam, 1990; Bronckart, 1999). Segundo ele, o termo Tipologia Textual é usado para designar uma espécie de seqüência teoricamente definida pela natureza lingüística de sua composição (aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas) (p. 22).
Travaglia define Tipologia Textual como aquilo que pode instaurar um modo de interação, uma maneira de interlocução, segundo perspectivas que podem variar. Essas perspectivas podem, segundo o autor, estar ligadas ao produtor do texto em relação ao objeto do dizer quanto ao fazer/acontecer, ou conhecer/saber, e quanto à inserção destes no tempo e/ou no espaço. Pode ser possível a perspectiva do produtor do texto dada pela imagem que o mesmo faz do receptor como alguém que concorda ou não com o que ele diz
Travaglia diz que o Gênero Textual se caracteriza por exercer uma função social específica. Para ele, estas funções sociais são pressentidas e vivenciadas pelos usuários. Isso equivale dizer que, intuitivamente, sabemos que gênero usar em momentos específicos de interação, de acordo com a função social dele. Quando vamos escrever um e-mail, sabemos que ele pode apresentar características que farão com que ele “funcione” de maneira diferente. Assim, escrever um e-mail para um amigo não é o mesmo que escrever um e-mail para uma universidade, pedindo informações sobre um concurso público, por exemplo.
E, assim como na construção de um texto, assim como na fala, usamos mecanismos para garantir ao interlocutor a compreensão do que se lê / diz.

Esses mecanismos lingüísticos, que estabelecem a conectividade e a retomada do que foi escrito / dito são os referentes textuais e buscam garantir a coesão textual para que haja coerência, não só entre os elementos que compõem a oração, como também entre a seqüência de orações dentro do texto.

Essa coesão também pode muitas vezes se dar de modo implícito, baseado em conhecimentos anteriores que os participantes do processo têm com o tema. Por exemplo, o uso de uma determinada sigla, que para o público a quem se dirige deveria ser de conhecimento geral, evita que se lance mão de repetições inúteis.

Numa linguagem figurada, a coesão é uma linha imaginária - composta de termos e expressões - que une os diversos elementos do texto e busca estabelecer relações de sentido entre eles.

Dessa forma, com o emprego de diferentes procedimentos, sejam lexicais (repetição, substituição, associação), sejam gramaticais (emprego de pronomes, conjunções, numerais, elipses), constroem-se frases, orações, períodos, que irão apresentar o contexto – decorre daí a coerência textual.

Um texto incoerente é o que carece de sentido ou o apresenta de forma contraditória. Muitas vezes essa incoerência é resultado do mau uso daqueles elementos de coesão textual. Na organização de períodos e de parágrafos, um erro no emprego dos mecanismos gramaticais e lexicais prejudica o entendimento do texto.
Construído com os elementos corretos, confere-se a ele uma unidade formal.

Nas palavras do mestre Evanildo Bechara (1), “o enunciado não se constrói com um amontoado de palavras e orações. Elas se organizam segundo princípios gerais de dependência e independência sintática e semântica, recobertos por unidades melódicas e rítmicas que sedimentam estes princípios”.

Desta lição, extrai-se que não se deve escrever frases ou textos desconexos – é imprescindível que haja uma unidade, ou seja, que essas frases estejam coesas e coerentes formando o texto.

Além disso, relembre-se que, por coesão, entende-se ligação, relação, nexo entre os elementos que compõem a estrutura textual.


Objetivo geral:

Motivar e envolver os alunos para pensarem sobre si, a vida, o mundo, os valores e suas implicações diárias.

Objetivos específicos:

• encorajar os educadores e responsáveis pelos alunos e ver a educação como ponto essencial para a mudança da sociedade;
• valorizar o patrimônio público, respeitando e conservando principalmente o ambiente escolar;
• valorizar o local onde moram nos seus aspectos físicos e humanos, buscando a plena cidadania;
• oportunizar aos alunos a construção de uma filosofia de vida;
• desenvolver habilidades pessoais, sociais e emocionais;
• identificar valores universais como: paz, respeito, amor, humildade, cooperação, tolerância, honestidade, responsabilidade, liberdade, união, e amizade, entre outros;
• pensar e refletir sobre o significado desses valores, através da língua escrita e falada;
• vivenciar o sentimento de respeito por si e pelos outros;
• conscientizar sobre a importância dos valores;
• promover comportamentos pacíficos, amorosos, honestos e cooperativos;
• proporcionar as escolhas positivas por meio de distanciamento dos comportamentos negativos;
• criar métodos positivos para lidar com os conflitos;
• escrever textos diversos, obedecendo os diferentes gêneros textuais;
• proporcionar diversas reflexões a partir de diferentes textos;
• manusear e identificar gêneros literários bem como a importância e utilidade no dia-a-dia;

Metodologia:

• reflexão escrita sobre o painel alusivo a este projeto (exposta na frente da escola);
• entrega e troca de mensagens no início ao final da aula;
• músicas; Gentileza – Marisa Monte;
• palavras mágicas;
• teatros;
• jogos;
• construção de cartazes
• clube da correspondência;
• filmes;
• textos escritos;
• propagandas;
• bilhetes;
• cartazes;


Cronograma:

• 28 de abril a dezembro de 2009;
• datas comemorativas: dia da educação 28/04, dia da emancipação do município 09/05, dias das mães 10/05, dia do amigo 20/07, dia dos pais 09/08
• atividade de mobilização e integração (a combinar);
• 06/07 – 1ª atividade do Gestar II ( Fábula)
• 08/07 – 2ª atividade do Gestar II ( Trabalhando com cordéis)
• 17/07 – 3ª atividade do Gestar II ( Descrição do professor)
• 21/07 – 4ª atividade do Gestar II ( Balas para crescimento)
• 20/08 – 5ª atividade do Gestar II ( Circuito fechado)
• 23/08 – 6ª atividade do gestar II ( análise do filme Narradores de Javé)
• 04/09 – 7ª atividade do Gestar II ( Se eu fosse você)
• 08/09 – 8ª atividade do Gestar II ( Brincando de quebra-cabeça)
• 11/09 – 9ª atividade do Gestar II ( Brincando com sons)
• 18/09 – 10ª atividade do Gestar II ( Para organizar informações)
• 21/09 – 11ª atividade do Gestar II ( Artigo – Alfabetização e letramento)
• 07/10 – 12ª atividade do Gestar II ( A progressão textual)
• 12/10 – 13ª atividade do Gestar II ( Defendendo idéias)
• 14/10 – 14ª atividade do Gestar II ( Histórias de hoje e sempre)
• 16/10 – 15ª atividade do Gestar II ( Histórias de hoje e sempre)
5ª série ( Errando histórias) 6ª série ( Histórias ao contrário)

Equipe de trabalho:

Comunidade escolar, docentes das diversas áreas;

Atividade de culminância: “Elaboração de um livro de histórias”

1 - Errando histórias

Vamos errar de propósito algumas histórias conhecidas para ver do que nossa imaginação é capaz? Então, mãos à obra! Reúna-se com seus colegas e escolham um dos inícios de contos de fadas abaixo, deem asas à imaginação e escrevam a continuação da história
Após a leitura da história clássica da Bela Adormecida para a 5ª série, o professor propôs a elaboração de histórias a partir das propostas abaixo:

• Era uma vez uma menina que se chamava Chapeuzinho Amarelo e morria de medo de lobo.
• No meio de uma floresta densa e escura, viviam felizes quatro porquinhos músicos e cantores.
• E de uma ninhada de patos nasceu um patinho lindo, que era elogiado por sua beleza e inteligência por todos os animais. Um cisne feio e invejoso...
• Na hora do baile real, a irmã mais velha de Cinderela foi à horta apanhar hortelã para mastigar e ficar com o hálito cheiroso. A fada madrinha de Cinderela, por ser míope e ter esquecido os óculos na Terra do Encanto, confundiu a irmã com a afilhada e então...

2 - Histórias ao contrário

Vamos inverter os papéis das personagens e escrever uma história ao contrário?
Após a leitura da história clássica da Bela Adormecida para a 5ª série, o professor propôs a elaboração de histórias a partir das propostas abaixo:

• A Cinderela é tão má e desobediente que deixa a madrasta enlouquecida: não ajuda em casa, vai mal na escola e ainda tenta roubar os namorados das irmãs.
• Branca de Neve é feia e tem uma raiva danada da rainha por ser tão bela e bondosa. Não ouve os conselhos e fez amizade com uma turma da pesada.
• A Bela Adormecida acha que dormir é a chave para ser bela e jovem. Então, em qualquer cantinho e a qualquer hora, ela dorme...dorme...dorme...
• João e Maria não têm coração: abandonaram os pais, velhinhos e sem força para trabalhar, numa rua movimentada de uma grande cidade.

Os alunos trabalharam em sala de aula com pequenos grupos, trios ou duplas e após a confecção dos textos, desenharam a história, todo esse material fará parte do Livro produzido pelas turmas de 5ª e 6ª série do Ensino Fundamental da Escola Olavo Bilac em Imbé, o qual será apresentado numa exposição na escola e no município.

Avaliação:

A avaliação se processará dentro das diversas disciplinas em todas as turmas de educação Infantil a 8ª série, de acordo com os critérios de cada professor abrangendo interesse, responsabilidade e integração de toda a comunidade escolar. Observando se ocorrerão mudanças de atitude e comportamento dos alunos no decorres deste projeto.

Além de despertar no aluno o gosto pela leitura e escrita, ajudando-o na formação integral, bem como na interpretação de mundo a partir de diferentes maneiras de escrever, sempre observando os gêneros textuais.

FINALIZAÇÃO


Última atividade do Gestar II

A última atividade que apliquei com meus alunos foi inspirada em tudo que vivenciei durante este ano com este curso do Gestar que participei, incentivado pela Secretaria da Educação de Imbé.
Sei da importância dos gêneros textuais, os quais foram apresentados através dos Tps e das atividades organizadas para serem aplicadas ao longo do ano de 2009.
Tudo o que fizemos e o que aplicamos foram importantíssimas para a aprendizagem de nossos alunos. E a partir de tudo o que planejamos, organizei uma atividade em que os alunos, após a leitura de uma reportagem extraída dos jornais de circulação do nosso município, tiveram que contá-la de uma outra maneira, de uma outra forma, em um outro gênero textual.
Eles poderiam escrevê-lo através de um conto fantástico, uma fábula ou um poema. Os trabalhos ficaram muito bons e serviu como uma avaliação de tudo o que fizemos, os meus objetivos foram alcançados...
Estou feliz com tudo o que produziram...

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Um pouco de tudo um pouco de mim


Um pouco de tudo um pouco de mim

Sabe aquele “serzinho” que senta sozinho, bem quietinho no seu canto e não incomoda ninguém, eu era assim, um patinho feio no meio de tantos cisnes, me sentia assim, com medo de tudo e todos.
Muitas vezes olhava para os lados e não via nada, apenas aquela professora “Tia Emy”, uma senhora bastante idosa, que mais parecia uma avó e não uma professora. Mas ela era especial, pois fez eu ver um mundo um pouco mais colorido do que aquele que via.
UM patinho feio que queria ser bonito, lindo, vistoso. Eu queria “apreender” tudo o que estava a minha volta. Algumas coisas me deixavam nervosa, amedrontada, porque eu sabia que tinha tanta gente mais capaz naquela sala de aula. Eu era desengonçada, apavorada e calada, tinha medo de tudo até mesmo de falar.
Mas um dia a “Tia Emy” , apresentou uma pequena abelhinha que começava com a letra “A” foi a primeira letra que eu “apreendi” e La nos contou a história desta triste personagem, que se parecia muito comigo, ela não tinha uma asa e todos ficaram sensibilizados com aquilo, pois queríamos saber se algum dia poderíamos encontrá-la.
Ela nos explicou que sim, “todos seremos felizes”, inclusive a nossa abelhinha.
Ao longo da minha 1ª série, tive dúvidas que pude saná-las com o convívio entre colegas e professores, a partir daquele dia em que minha primeira professora abriu, ou me mostrou um mundo diferente, tive certeza de que um dia, quem sabe seria um cisne. Acreditei muito nisso e lutei com meu conhecimento pra ser diferente daquele patinho feio.
Os colegas, ah os colegas, foram eles que me mostraram que eu era muito importante naquela turma, pois eu tinha facilidade e ajudava-os muito, sempre estava disponível para ajudá-los, principalmente os retardatários.
Eu tinha uma dúvida muito grande...quando eu saberia todas as palavras, será que aprenderíamos todas as palavras da face da Terra, ou não conseguiríamos?
Ao longo do ano aquele patinho feio que sentava no meio da sala, começou a se transformar, sabia que algo dentro de mim, mudaria ao longo de minha vida, após aquela abelha e aquela querida professora, tudo se tornou diferente em minha vida.
No final do ano, conseguimos uma nova asa a nossa abelhinha, e nós já sabíamos ler e escrever, ali iniciou um novo mundo para todos os alunos da Tia Emy.
E, eu já não era mais um patinho tão feio, começava a nascer um nova plumagem em meu corpo, ou seja, algumas coisas começaram a mudar em minha vida, graças ao meu processo de alfabetização.
Nos anos seguintes, comecei a não me sentir um patinho tão feio, mas um patinho com algumas qualidades, fui adquirindo novas palavras e conceitos que me ajudaram a ser e a adquirir o conhecimento que hoje eu tenho. Hoje não me sinto assim, acredito que tudo o que eu apreendi, nesses anos todos me transformaram em um cisne, não tão grande, mas com porte de majestade.
O conhecimento nos transforma em seres altamente corajosos e guerreiros, pois ele nos dá força para enfrentarmos os desafios que a vida nos impõe.
Viver e não ter a vergonha de ser feliz, cantar e cantar e cantar, para que um dia possamos dizer: “ tudo valeu a pena, se alma não é pequena”.
Aquele patinho feio já não existe mais dentro de mim, hoje sou um cisne e sei dos meus valores e competências, sei que sou capaz de atravessar muitos obstáculos, principalmente em minha profissão e no meu processo de conhecimento.
Tudo que sei, tudo que vi e tudo o que aprendi, valeu e sou feliz por ser o que sou hoje.

HISTÓRIAS DE HOJE E SEMPRE

“Elaboração de um livro de histórias”
Esta atividade do TP 1, foi proposta com o objetivo de montar um livro de histórias das turmas, as quais trabalhei com o Gestar II e, por isso, levei três semanas na elaboração da atividade, pois tive que ceder várias aulas de Língua Portuguesa para a conclusão e organização do projeto final deste trabalho, durante o ano de 2009. Acredito que tudo valeu a pena, pois o empenho tanto meu, quanto da escola como dos alunos para que tudo desse certo, foram importantíssimos para o término do mesmo.
A proposta é a seguinte:

1 - Errando histórias

Vamos errar de propósito algumas histórias conhecidas para ver do que nossa imaginação é capaz? Então, mãos à obra! Reúna-se com seus colegas e escolham um dos inícios de contos de fadas abaixo, deem asas à imaginação e escrevam a continuação da história
Após a leitura da história clássica da Bela Adormecida para a 5ª série, o professor propôs a elaboração de histórias a partir das propostas abaixo:

• Era uma vez uma menina que se chamava Chapeuzinho Amarelo e morria de medo de lobo.
• No meio de uma floresta densa e escura, viviam felizes quatro porquinhos músicos e cantores.
• E de uma ninhada de patos nasceu um patinho lindo, que era elogiado por sua beleza e inteligência por todos os animais. Um cisne feio e invejoso...
• Na hora do baile real, a irmã mais velha de Cinderela foi à horta apanhar hortelã para mastigar e ficar com o hálito cheiroso. A fada madrinha de Cinderela, por ser míope e ter esquecido os óculos na Terra do Encanto, confundiu a irmã com a afilhada e então...

2 - Histórias ao contrário

Vamos inverter os papéis das personagens e escrever uma história ao contrário?
Após a leitura da história clássica da Bela Adormecida para a 5ª série, o professor propôs a elaboração de histórias a partir das propostas abaixo:

• A Cinderela é tão má e desobediente que deixa a madrasta enlouquecida: não ajuda em casa, vai mal na escola e ainda tenta roubar os namorados das irmãs.
• Branca de Neve é feia e tem uma raiva danada da rainha por ser tão bela e bondosa. Não ouve os conselhos e fez amizade com uma turma da pesada.
• A Bela Adormecida acha que dormir é a chave para ser bela e jovem. Então, em qualquer cantinho e a qualquer hora, ela dorme...dorme...dorme...
• João e Maria não têm coração: abandonaram os pais, velhinhos e sem força para trabalhar, numa rua movimentada de uma grande cidade.

Os alunos trabalharam em sala de aula com pequenos grupos, trios ou duplas e após a confecção dos textos, desenharam a história, todo esse material fará parte do Livro produzido pelas turmas de 5ª e 6ª série do Ensino Fundamental da Escola Olavo Bilac em Imbé, o qual será apresentado numa exposição na escola e no município.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

DEFENDENDO IDEIAS

Usamos a língua não apenas para retratar o mundo ou dizer algo sobre as coisas, mas principalmente para atuar; agir sobre o mundo e as coisas; para produzir resultados a partir de nossas ações linguísticas.
E o texto publicitário é um conjunto de linguagem verbal e visual e tem como objetivo “vender” um produto ou uma ideia. A partir dessa análise, apresentei a atividade 1 da unidade 21 que defende e tenta persuadir o leitor através do texto publicitário.
Primeiramente, analisamos o título da propaganda “Você bonita da cabeça aos pés”
A quem se dirige esta frase e qual a intenção, a importância do texto e da imagem, enfim de toda a propaganda. A discussão foi muito entusiasmada.
A partir daí, distribuí imagens de produtos de revista a cada aluno e a tarefa seria fazer um propaganda da imagem com os critérios:

1º criar uma frase chamativa;
2º qualificar o produto ou a imagem;
3º dar um nome a esse produto ou imagem;

A atividade foi muito legal e todos conseguiram alcançar os objetivos propostos e os trabalhos ficaram muito bons.
O texto publicitário procurou convencer o leitor a executar uma determinada ação.

A PROGRESSÃO TEXTUAL

A PROGRESSÃO TEXTUAL

Comecei a atividade da unidade 19 propondo criar, juntamente com os alunos, uma história a partir dos elementos essenciais da narrativa.
Distribuí cartelas separadas, na qual cada dupla escrevesse uma resposta para cada uma das seguintes perguntas.

Título: A Chapeuzinho Vermelho
O que aconteceu? Eles caíram num poço bem fundo.
Onde aconteceu? Em uma terra invisível além dos mares.
Quando aconteceu? 20 de outubro de 2008.
Quem foram os envolvidos? Os animais e as pessoas.
Qual foi o desfecho? Eu caí em um rio com cobras e lagartos.

As respostas foram as mais diversas e engraçadas. Após a coleta das mesmas, os alunos escreveram o texto, no qual tiveram que adequar e manter a coesão seqüencial, estabelecendo relações de encadeamento entre as partes do texto, produzindo a progressão temática.

Texto dos alunos: Érica e Jorge da 5ª série – turma 51 – Escola Olavo Bilac

A Chapeuzinho Vermelho
Em uma terra invisível além dos mares, bosques, arroios, riachos e etc, havia muitas pessoas perdidas porque era um labirinto e não tinha saída.
No dia 20 de outubro de 2008, aconteceu uma tragédia, muitos animais e pessoas caíram num poço bem fundo que não tinha volta.
Eles conseguiram sair coma ajuda de uma menina que jogou uma corda para que subissem.
A menina levou-os para uma cidade e deixou os animais coma veterinária e as pessoas levou para uma cabana, trancou a porta e as janelas, porque quando a lua surgisse as almas dos mortos vagariam até o amanhecer. Eles perguntaram o nome da menina e ela respondeu:
- O meu nome é Chapeuzinho Vermelho!
No outro dia, todos foram no rio pescar, mas eles não sabiam que ali tinha cobras e lagartos, quando todos foram mergulhar no rio, também passaram a vagar com as outras almas.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009


ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO


ARTIGO: ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Ao iniciar a reflexão em que haverá uma abordagem sobre Alfabetização e Letramento, torna-se necessário, buscar o significado exato das duas palavras tão distintas:
Alfabetização = ação de ensinar/aprender a ler e a escrever
Letramento = estado ou condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva
e exerce as práticas sociais que usam a escrita
cultiva = dedica-se a atividades de leitura e escrita
exerce = responde às demandas sociais de leitura e escrita

Assim obtêm-se o verbo "letrar" para nomear a ação de levar os indivíduos ao letramento... e, alfabetizar e letrar como duas ações distintas, mas não inseparáveis, ao contrário: o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e a escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo se tornasse, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado.
Socialmente e culturalmente, a pessoa letrada já não é a mesma que era quando analfabeta ou iletrada, ela passa a ter uma outra condição social e cultural - não se trata propriamente de mudar de nível ou de classe social, cultural, mas de mudar seu lugar social, seu modo de viver na sociedade, sua inserção na cultura - sua relação com os outros, com o contexto, com os bens culturais, torna-se diferente.
Tornar-se letrado é também tornar-se cognitivamente diferente: a pessoa passa a ter uma forma de pensar diferente da forma de pensar de uma pessoa analfabeta ou iletrada.
Aos despertar para o fenômeno do letramento – estar incorporando essa palavra ao vocabulário educacional - significa que já se compreende que o problema não é apenas ensinar a ler e a escrever, mas é, também, e sobretudo, levar os indivíduos - crianças e adultos - a fazer uso da leitura e da escrita, envolver-se em práticas sociais de leitura e de escrita.
Mas é preciso que haja, pois, condições para o letramento.
Uma primeira condição é que haja escolarização real e efetiva da população - só se dá conta da necessidade de letramento quando o acesso à escolaridade se ampliar e tiver mais pessoas sabendo ler e escrever, passando a aspirar a um pouco mais do que simplesmente aprender a ler e a escrever.
Uma segunda condição é que haja disponibilidade de material de leitura, criar condições para que os alfabetizados passem a ficar imersos em um ambiente de letramento, para que possam entrar no mundo letrado, ou seja, num mundo em que as pessoas tenham acesso à leitura e à escrita, acesso aos livros, revistas e jornais, acesso às livrarias e bibliotecas, viver em tais condições sociais que a leitura e a escrita tenham uma função para elas e torne-se uma necessidade e uma forma de lazer.
O QUE É LETRAMENTO?
Letramento não é um gancho
em que se pendura cada som enunciado,
não é treinamento repetitivo
de uma habilidade,
nem um martelo
quebrando blocos de gramática.
Letramento é diversão
é leitura à luz de vela
ou lá fora, à luz do sol.
São notícias sobre o presidente
O tempo, os artistas da TV
e mesmo Mônica e Cebolinha
nos jornais de domingo.
É uma receita de biscoito,
uma lista de compras, recados colados na geladeira,
um bilhete de amor,
telegramas de parabéns e cartas
de velhos amigos.
É viajar para países desconhecidos,
sem deixar sua cama,
é rir e chorar
com personagens, heróis e grandes amigos.
É um atlas do mundo,
sinais de trânsito, caças ao tesouro,
manuais, instruções, guias,
e orientações em bulas de remédios,
para que você não fique perdido.
Letramento é, sobretudo,
um mapa do coração do homem,
um mapa de quem você é,
e de tudo que você pode ser.
A alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto e de sua utilização como código de comunicação.
De um modo mais abrangente, a alfabetização é definida como um processo no qual o indivíduo constrói
a gramática e em suas variações.
Fica evidente quando comparado o estudo de autores que existe uma diferença fundamental entre
alfabetização e letramento. Para eles, a alfabetização é um processo praticamente mecânico apreendido,
na maioria das vezes, dentro das salas de aula e o letramento é um conjunto de conhecimentos que o
indivíduo acumula ao longo da vida. Seguindo esta linha de pensamento a alfabetização um dia tem fim,
isto é, termina quando o indivíduo adquire a capacidade de compreensão dos sinais que compreendem
determinada língua escrita.

Logo, é importante ressaltar que alfabetização e letramento caminham juntos embora nem todo sujeito
letrado precisa, necessariamente, ser alfabetizado. É difícil imaginar, no entanto, que alguém possa
exercer tal condição em grau satisfatório (o mais alto deles) sem que antes tenha sido alfabetizado. Este
fato pode ser explicado se considerarmos que a maioria absoluta dos conhecimentos que se pode
adquirir está disponível na forma de símbolos.

Por outro lado, os autores ressaltam que mesmo antes da humanidade ter conhecimento das letras
(símbolos), já possuíam algum grau de letramento, no sentido atual de sua aplicabilidade, e este fato é
evidente se raciocinados a complexidade exigida para elaboração do atual sistema de escrita,
embora saibe-se que a escrita surgiu ao acaso, motivada pela necessidade de comunicação.

PARA ORGANIZAR INFORMAÇÕES

PARA ORGANIZAR AS INFORMAÇÕES – 18/09/09

Esta aula, sinceramente, foi a mais complicada de todas as que eu apliquei até agora. O título da atividade da aula 1 da unidade 20 é “Uma história sem pé nem cabeça” e para as crianças realmente causou dor de cabeça. Foi uma confusão, pois não conseguiam encaixar as informações.
Então, ao observar que eles estavam confusos, comecei a questioná-los sobre as informações que o texto fragmentado possuía e se as mesmas, de alguma maneira, não se encaixavam. Os alunos ficaram confusos, porque eles observaram que as frases, ou informações tinham uma sequência, elas terminavam com palavras que eles conseguiam, em alguns casos, encaixá-las..
Pediram minha ajuda e, eu auxiliei-os indicando as 5 primeiras informações e, a partir daí, conseguiram montar a história.
Foi divertido e demorada a atividade desta unidade...mas ao final conseguiram entender que o texto tem que ter uma unidade, tem que ter coerência, não basta simplesmente jogar frases soltas, sem que elas se encaixem com o contexto.
Ou seja, existem diferentes pistas que colaboram na ordenação dos fatos, que são a pontuação, a concordância e o sentido.

BRINCANDO COM OS SONS

BRINCANDO COM OS SONS – 11/09/09

Sarita! Quem é essa figura? Vocês a conhecem

Quando questionei-os de quem era, o que fazia, onde vivia, responderam com entusiasmo e animação...inventaram coisas a imaginação foi longe.
Ao copiar o texto “Sarita” da unidade 17 (aula 3) , todos acharam engraçado devido a sonoridade das palavras...iam lendo ao mesmo tempo que copiavam do quadro.
Lemos em voz alta o texto, pronunciando as palavras com empolgação...foi uma brincadeira animada.
Em sequência, pedi que assinalassem todas as palavras que começassem com “s”, que fossem verbos, nomes e adjetivos. Nesta atividade, encontraram maior dificuldades, pois não conseguem classificar as palavras.
Ao corrigirmos perceberam que não conseguiram, no entanto ao fazerem o poema, foram ágeis e rápidos, pois entenderam a proposto e gostaram de produzi-la.
Assim como na proposta da aula 3 tiveram que obedecer as exigências do texto. Na 1ª estrofe caracterizar o personagem, na 2ª estrofe o que gostava de fazer e na 3ª estrofe a mudança. No entanto pedi-lhes que escolhessem um colega de sala de aula...
Os textos ficaram muito bons e originais.


Texto produzido pelo aluno Guilherme Fraga
Turma 51 da Escola Olavo Bilac – Imbé/RS


Felipe
Felipe Felipão
Gosta de feijão
É um bonitão
E é trapalhão

Felipe gosta de falar
Mas não quer casar
Ele gosta de jogar
Mas não brigar

Felipe é feio
Mas vai ao rodeio
E não é mais solteiro.

domingo, 13 de setembro de 2009

BRINCANDO DE QUEBRA CABEÇA 08/09/09

Um dos recursos essenciais na procura do conhecimento em geral é a pergunta. As questões que nos fazemos, ou fazemos aos outros, são uma boa medida do nosso interesse e dos caminhos que percorremos, quando queremos aprender alguma coisa. São, afinal, uma forma importante de interação com o mundo.
Para aprender a ler, o aluno tem que conhecer as pistas que o próprio texto oferece ao leitor. Informações que aparecem estampadas no texto, mas que precisam ser descobertas pelo leitor para compreensão global.
Pensando em ensinar a ler para aprender que minha atividade da unidade 15 começou com uma pergunta simples “Qual é o título do texto?”. Separei a turma em pequenos grupos e entreguei-lhes os textos da aula 7 “Brincando de quebra-cabeça”, juntamente com os títulos separados e pedi-lhes que encontrassem os títulos dos textos.
Em princípio achei que iriam demorar a localizarem os títulos, mas tão grande foi minha surpresa, que conseguiram em quinze minutos localizarem os textos com seus devidos títulos.
Após encontrarem o título dos textos, grifei algumas palavras para que localizassem no dicionário.
Corrigimos e usamos as mesmas palavras na confecção de bilhetes para o “Grande concurso de frases sobre drogas” que acontecerá no final do mês de setembro e que faz parte do meu projeto final como uma atividade apresentada.
Assim, ao término do trabalho, desenvolvi no meu aluno a habilidade de compreender a leitura após a investigação prévia do texto

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

SE EU FOSSE VOCÊ...

SE EU FOSSE VOCÊ


SE EU FOSSE VOCÊ EU APRENDERIA A APRENDER
SE EU FOSSE VOCÊ EU APRENDERIA A ENTENDER
SE EU FOSSE VOCÊ EU APRENDERIA A ESCUTAR
SE EU FOSSE VOCÊ EU APRENDERIA A NÃO INCOMODAR

AGORA VAMOS LÁ COMEÇAR A ESTUDAR
AGORA VAMOS VER SE COMEÇOU A ENTENDER
E AGORA VAI VER COMO É BOM APRENDER
E AGORA VAMOS LÁ NA 6ª SÉRIE ESTUDAR

Bruno Luis Alves da Silva - turma 52
Escola Olavo Bilac
28/08/09

A atividade preparada para aula foi muito interessante, primeiramente apresentei o cartaz do filme brasileiro “Se eu fosse você” e questionei-os a respeito das imagens e informações que foram acumulados ao longo da vida e recuperamos para entendê-lo. Datas, sensações, nomes, números e valores.
Quem é o Eu e o VOCÊ neste contexto?
Os alunos fizeram a reflexão a partir dos elementos encontrados com o conhecimento prévio e a multiplicidade de sentidos e das palavras.
Ao questionarmos o texto e localizarmos todos os significados da imagem, fizemos um amigo oculto, mas a revelação tinha que ser uma charada “se eu fosse você” e falaram o que fariam no lugar do outro. Esta atividade gerou discussões, pois alguns não gostaram...um aluno não quis participar, porque de repente se sentiu ameaçado, ou seja, quem são eles para o julgarem...
A partir daí sugeri que escrevessem um poema com o título: “Se eu fosse você” e se imaginassem outra pessoa para poderem escrever o que ela poderia escutar.
A leitura foi ao grande grupo e todos gostaram bastante do que escutaram, as produções ficaram ótimas.

SE EU FOSSE VOCÊ, NÃO GRITARIA
SE EU FOSSE VOCÊ, AMARIA
SE EU FOSSE VOCÊ, BRINCARIA
SE EU FOSSE VOCÊ, CUIDARIA DOS FILHOS.

SE EU FOSSE VOCÊ, SERIA COLORADA
SE EU FOSSE VOCÊ, GOSTARIA DE SER AMADA
SE EU FOSSE VOCÊ, GOSTARIA DE AMAR
SE EU FOSSE VOCÊ, SAIRIA PRA DANÇAR

Tauana M. Portella – turma 52
Escola Olavo Bilac
01/09/09

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

CIRCUITO FECHADO

CIRCUITO FECHADO - 20/08/09

Quem já parou para pensar nas imagens que vemos ao longo do dia?

A aula partiu desse questionamento e, a partir daí, indaguei-os a respeito de imagens que veem, o que sentem e, o que, realmente gravam ou se lembram.
Cada um, após a reflexão, ilustrou com imagens o percurso da casa à escola. E, aí, apareceram diversas ilustrações interessantes. Ex.: casa bem pequena e a escola enorme ou vice versa, casa enorme e escola pequena.
Com isso, constatei que quem somos, ou o que somos nesse mundo tão grande? Como nos sentimos perante os outros? Que processos de letramento ou cultura cada indivíduo tem, ou precisa adquirir para se tornar um ser letrado.
Ao entregar o texto “Circuito fechado” fiquei observando-os, estavam estranhando e perguntaram: “Sora, isso é um texto?” ou “ o que mais tem aqui é vírgula” “ um monte de objetos né, Sora?” “repete coisas também”. Olhavam-me, esperando respostas àquele texto tão estranho.
Ao terminarem, perguntei se entenderam o texto; estavam confusos, pois o texto só apresentava “objetos” e disseram não entendê-lo, porque não tinha história. Então, eu fiz a leitura e aos poucos construí as imagens do dia de uma pessoa comum e, assim aprofundamos a compreensão do texto e novas formas de narrar com uma linguagem repleta de imagens e significados.
Depois disso, questionei-os se entendiam porque o texto recebia o título de “Circuito fechado” – conversamos sobre isso e, também, sobre qual seria o objetivo do texto e porque o personagem não tinha nome.
As respostas surgiram em forma de questionamentos e todos entenderam a proposta apresentada, criaram significados novos ao texto.
Entenderam a importância e a relevância de conhecimentos prévios na produção de significados, ou seja, o leitor a partir, de seus conhecimentos pode dar um novo olhar ao texto, por isso não podemos considerá-lo um ser passivo, ele é extremamente agente de conhecimento e consegue por si próprio decodificar a mensagem exposta. E aqui, fica claro que o professor também é um agente que proporciona o conhecimento ao seu aluno, através de questionamentos e intervenções.

Análise do filme Narradores de Javé


ANÁLISE DO FILME NARRADORES DE JAVÉ

Quando assistimos ao filme “Narradores de Javé”, discutimos a questão do papel da escrita na sociedade. Os personagens se sentiam importantes em registrar sua história naquele livro, pois na verdade era sua identidade que ia ali, seus antepassados, sua história. Era um texto científico e esse gênero nos remete a algo de muito valor social, uma vez que a história só existe a partir da escrita, antes disso é só pré-história.
Então, o personagem de Antônio Biá foi escolhido justamente por ser o único a dominar a escrita na cidade. Com isso, podemos dizer que a escrita só assume seu real valor numa comunidade, quando ela possui uma função social.
Ao escolherem Biá, este, passa a contar a história de um povoado perdido no interior brasileiro, que se vê às voltas com a construção de uma usina hidrelétrica em sua região, o que levará à inundação de todo o vale de Javé, ameaçando a própria existência da comunidade. Em face desse perigo, os moradores do povoado resolvem em assembléia realizar um esforço “científico” de recuperação e escrita de suas “grandes histórias” do passado, na esperança de mostrar que o vilarejo era um patrimônio histórico a ser preservado e assim evitar seu desaparecimento. E fica claro a todos o grande papel do escriba dentro da comunidade, ou seja, construir a história dos moradores do Vale do Javé e ao mesmo tempo, enfeitá-la
Num vilarejo como Javé, que reflete a realidade de pequenas cidades do sertão brasileiro, a oralidade não é simplesmente uma tradição, é também um traço conjuntural, devido à precária situação sócio-econômica dos moradores, quase todos analfabetos. No filme, ao receber a notícia da inundação, os moradores ficaram desesperados, por não possuírem nenhum registro histórico que comprovasse o valor cultural do lugarejo. Por mais que eles conhecessem e soubessem revelar o tesouro de Javé, à sua maneira, acabaram reféns da ausência de uma versão oficial documentada. No entanto, há informação e conhecimento, através dos moradores da cidade, e é através da oralidade, do boca a boca, o que deve ser especialmente analisado. Isso nos leva a uma necessidade instigante de busca pela qualificação daquilo que pode ganhar o estatuto de memorável, informativo e, logo, constitutivo de identidades sociais nesses grupos específicos.
A escrita, temida pelo povo de Javé, altera a relação com as palavras, fixa as idéias, rouba-lhe o movimento. A escrita é a anti-fala diz Lefevre (1991, p. 164-165), embora também afirme que a escrita jamais consegue suplantar completamente a tradição oral.
A oralidade permite um refazer constante do passado a ponto de não separá-lo do presente.
Porém, vemos no final do filme uma reconciliação entre oral e escrito, momento em que Biá começa a escrever afoitamente no “livro da salvação”, talvez pela força do acontecimento que literalmente traga Javé.
Assim como as sociedades no mundo inteiro, tornam-se cada vez mais centradas na escrita, e com o Brasil não poderia ser diferente. E, como ser alfabetizado, ou seja, saber ler e escrever, é insuficiente para vivenciar plenamente a cultura escrita e responder às demandas da sociedade atual, é preciso letrar-se, ou seja, tornar-se um indivíduo que não só saiba ler e escrever, mas exercer as práticas sociais de leitura e escrita que circulam na sociedade em que vive.
A escrita, para eles nasce com certa finalidade, como se fosse uma arma para o combate com o opressor e para poder se falar a língua dele. O que significa não ler nem escrever numa sociedade como a nossa, letrada? É ficar ao léo, a deriva?! O que leva o analfabeto ao primeiro impulso de letramento? Sua relação com seu opressor – mesmo quando o oprimido, iludido, culpa o mundo cão, hoje sabemos que as precárias condições de estudo têm sim culpadas e elas não estão assim devido a tragédia natural e inerente à vida. O primeiro motivo que o leva a se alfabetizar, geralmente, é a busca por poder e sobrevivência, portanto, não é a partir de alguma reflexão sobre a escrita ou o conhecimento, nem é fazendo a comparação: isso ou aquilo, a partir do momento que as idéias se fixarem num papel, mudará.
Quanto às práticas de letramento, essas praticamente inexistiram dentro do filme. Biá, sendo o único adulto que sabia ler e escrever achava-se importante, mas sabia que não conseguiria salvar Javé. A relação entre a oralidade e a escrita foi conflitante, mas com muitas reflexões.

terça-feira, 21 de julho de 2009

BALAS PARA CRESCIMENTO

4ª atividade – GESTAR II 17/07/09

Segundo Volnyr Santos “Um texto diz mais do que diz”, na proposta de discutir a questão textual, é importante lembrar que a leitura de um texto necessariamente é única, ou seja, é possível encontrar numa narrativa, por exemplo, informações que, aparentemente, fogem ou ao interesse, ou à atenção, ou simplesmente ao desconhecimento do leitor e, muitas vezes, ao domínio do próprio redator do texto.
E, ao iniciar a 4ª atividade, primeiramente, necessitava que os alunos trouxessem “bulas de remédio” e, durante a aula, analisamos os textos e o tipo de texto exposto numa “bula”: Qual o objetivo do texto? A quem se dirige? Que tipo de verbos é empregado nesse texto? Quais as partes de uma bula de remédio? Quais são as expressões que indicam as seqüências das ações?
Após todos os questionamentos, distribuí balas coloridas “rosa, branca, vermelha, verde, amarela, azul”, cada aluno escolheu uma bala, estavam desconfiados, com medo, pedi que comessem, mas alguns não o fizeram, ficaram com medo, achavam que tinha alguma coisa por trás da proposta, outros não, fizeram o que eu pedi sem restrições. Foi muito engraçado, sentir aquela desconfiança no ar...
E, seguindo com a proposta entreguei o texto “Balas para crescimento” e, conforme eu lia, eles começaram a se tranquilizar e aqueles que não haviam comido, aceitaram a bala como um agrado, pois se tratava de uma brincadeira.
Conversamos sobre o texto, se ele se assemelhava as bulas de remédio, eles acharam engraçado, no entanto mais fácil de entender, gostaram bastante da atividade proposta e lancei um desafio: que eles confeccionassem algum remédio e apresentassem qual a serventia ao ser humano, eles toparam.
Escrever não é uma atitude que se esgota no simples gesto de organizar algumas linhas nas quais certas idéias tomam corpo. Escrever é ter uma posição definida em relação ao que se pensa. Mas não é só isso. É necessário também que se reforce, junto com essa idéia, a convicção de que, com a expressão daquilo que se pensa, se estabelece uma forma de intercâmbio social e, ao mesmo tempo, um diálogo com o mundo cultural que nos envolve e do qual somos parte.

DESCRIÇÃO DE PROFESSOR

3ª atividade – GESTAR II

A partir da atividade inicial, caracterização de objetos através de palavras, que foram distribuídas a cada aluno e fizeram a caracterização com bastante animação. Todos estavam muito empenhados e entusiasmados em realizar a tarefa, apenas um aluno não quis participar e eu deixei-o ficar de fora. A brincadeira foi tão divertida que ao final não queriam parar.
Após a brincadeira lancei a interpretação do texto, li com bastante calma, pronunciando as palavras que acredito que encontrariam dificuldades em identificar o significado, usamos o dicionário a cada palavra desconhecida, sempre relacionando com o contexto.
Ao longo da interpretação os alunos encontraram dificuldades quanto a linguagem apresentada no texto, pois alguns vocábulos não fazem parte da realidade deles, mas acredito que nós professores da Língua materna não podemos deixar de apresenta-las, aos nossos alunos tão distantes da língua culta, um vocabulário mais elaborado, pois só assim, eles terão condições de se “igualarem” a qualquer cidadão brasileiro, seja ele rico ou pobre, negro ou branco.
É isso que torna o Gestar II tão importante, pois de norte a sul estaremos aplicando as mesmas atividades de Interpretação e escrita e, aí está o grande diferencial na educação.
A próxima atividade, após a interpretação, foi caracterizar um professor, descrevendo-o com detalhes. Foi muito legal, observar as características dos colegas através dos alunos, todos leram e foi muito divertido.

DESCRIÇÃO DA PROFESSORA DE MATEMÁTICA:

“Ela tem um pé médio, mais ou menos magra, nunca veio de salto alto, meio morena, cabelos não muito longos. Ela é muito legal, não escrevemos muito na aula dela e não é brava...ela é muito simpática e tem bastante número nas aulas dela” Elisa Daminelli

quarta-feira, 8 de julho de 2009

2ª atividade do GESTAR II


2ª atividade do GESTAR II

Todo pensamento vem expresso por uma linguagem. Pode-se, por isso, dizer (simplificadamente) que tudo é linguagem. As diferentes formas de conhecimento se expressam através de um tipo de linguagem que se manifesta num texto. È a linguagem que determina o tipo de texto que se deseja escrever, razão por que se diz que um texto pode ser literário ou não-literário.
Partindo desse princípio a 2ª atividade escolhida para aplicação com a 5ª série foi um texto literário que esta dentro da nossa história de vida, de história . Trabalhei com o gênero poético, o cordel.
Para entender esse gênero, lemos as estrofes iniciais do texto “Satanás trabalhando no roçado de São Pedro” e, após a leitura, passei uma caixinha ao som de uma música, quando parava, o aluno tirava uma cartela, que continha uma explicação, relato ou observação sobre esse gênero que teve origem em Portugal, na Idade Média.
Conversamos sobre “cordel”, que relação poderíamos fazer com o nosso folclore e a conversa se estendeu as nossas trovas que fazem parte do folclore do Rio Grande do Sul, que se assemelham a Literatura de Cordel.
Os alunos participaram bastante contando causos que eles conheciam e, a partir daí, pedi-lhes que produzissem uma trova intitulada “Grande Festa no arraial do Olavo Bilac”, eles adoraram o título e saiu lindos poemas, que foram pendurados em “cordas”, fazendo referênciaendo referdurados em cordas ilaca intitulada " eles conheciams trovas que fazem parte do folclore do Rio Grande do Sul, que ao texto trabalhado.

1ª atividade do GESTAR II


A educação é um processo que se dá por acúmulo; por essa razão, é preciso obedecer às várias etapas que o processo impõe. Uns alcançam resultados mais rápido que outros; todos, no entanto, estão submetidos a aprendizagem e, de acordo com essas considerações, a primeira atividade desenvolvida no GESTAR II, foi a “Fábula”, pois já trabalhara com esse tipo de texto ao longo do trimestre.
No entanto, há algumas questões que envolvem o ato de escrever e, por conseqüência, o de elaborar uma redação. E, quando se fala de redação, se pensa no ato de redigir, escrever o que pensa a respeito de determinado assunto, alguma coisa que vem de dentro para fora, algo sobre o qual há o desejo de dizer.
O escritor e humorista brasileiro Millôr Fernandes brinca, dizendo que saber pensar é só pensar. É claro que pensamos, porque pensamos, isto é, a causa do pensar tem como consequência o próprio pensar. Indo mais adiante. Nietzsche afirma que só se pode conhecer o que não se conhece com o que se conhece.
E, assim, introduzi a proposta que desenvolvi em duas aulas. Primeiramente, distribuí envelopes com os textos “A cigarra e a formiga – a formiga boa” e “A cigarra e a formiga – a formiga má” em quatro grupos de uma 5ª série da Escola Olavo Bilac em Imbé-RS, com 18 alunos.
Os textos foram recortados para que os alunos pudessem montá-lo de acordo com estrutura e coerência e, felizmente houve um interesse bastante grande em concluir a atividade. Após o término da montagem dos textos, distribuí o desenho que faziam parte da proposta e entreguei duas perguntas: “a) Qual a idéia de trabalho que está por trás da atitude da formiga má? b) E por trás da formiga boa?”
Cada grupo respondeu de acordo com o texto que leu; após esses questionamentos conversamos sobre as respostas obtidas pelos alunos e discutimos mais algumas questões com relação ao tipo de texto abordado, ou seja: Por que esses textos são classificados como fábulas? Falamos um pouco sobre a moral das duas histórias e, isso nos fez refletir sobre os dias de hoje, fazendo referência sobre as cigarras da nossa sociedade e as formigas...quem são elas...o que fazem conosco...para que servem...
E, ao final do trabalho, sugeri que os alunos criassem uma versão para a cena observada e entregassem.Os textos foram lidos e reescritos e meus objetivos foram alcançados.
Ao longo dessa atividade, sugerida pelo GESTAR II, constatei que cada criança escreve para dizer, não o que sabe, mas o que não sabe, o que não é, mas quer saber e quer ser. Quando eles escreveram, pensaram, portanto, para escrever, ninguém é privilegiado seja com o dom, seja com a técnica. Esses dois elementos, na realidade, são instrumentos que a própria escrita aprimora.
É claro que, para redigir, é necessário dominar algumas “técnicas”; o simples ato de redigir já é uma técnica, isto é, a parte de um conjunto de habilidades.
Escrever é, em suma, buscar a diferença, porque é a diferença que constitui o indivíduo. É por essa razão que, para escrever, não funcionam as ideias prontas, as repetições, os clichês, os lugares-comuns. Não é isso o que os diferencia: são de um modo totalmente deles, têm a história de cada um, os desejos. O texto é, por isso, sempre diferente, porque o objetivo, com ele, é fazer-se conhecer.