segunda-feira, 21 de setembro de 2009


ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO


ARTIGO: ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Ao iniciar a reflexão em que haverá uma abordagem sobre Alfabetização e Letramento, torna-se necessário, buscar o significado exato das duas palavras tão distintas:
Alfabetização = ação de ensinar/aprender a ler e a escrever
Letramento = estado ou condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva
e exerce as práticas sociais que usam a escrita
cultiva = dedica-se a atividades de leitura e escrita
exerce = responde às demandas sociais de leitura e escrita

Assim obtêm-se o verbo "letrar" para nomear a ação de levar os indivíduos ao letramento... e, alfabetizar e letrar como duas ações distintas, mas não inseparáveis, ao contrário: o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e a escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo se tornasse, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado.
Socialmente e culturalmente, a pessoa letrada já não é a mesma que era quando analfabeta ou iletrada, ela passa a ter uma outra condição social e cultural - não se trata propriamente de mudar de nível ou de classe social, cultural, mas de mudar seu lugar social, seu modo de viver na sociedade, sua inserção na cultura - sua relação com os outros, com o contexto, com os bens culturais, torna-se diferente.
Tornar-se letrado é também tornar-se cognitivamente diferente: a pessoa passa a ter uma forma de pensar diferente da forma de pensar de uma pessoa analfabeta ou iletrada.
Aos despertar para o fenômeno do letramento – estar incorporando essa palavra ao vocabulário educacional - significa que já se compreende que o problema não é apenas ensinar a ler e a escrever, mas é, também, e sobretudo, levar os indivíduos - crianças e adultos - a fazer uso da leitura e da escrita, envolver-se em práticas sociais de leitura e de escrita.
Mas é preciso que haja, pois, condições para o letramento.
Uma primeira condição é que haja escolarização real e efetiva da população - só se dá conta da necessidade de letramento quando o acesso à escolaridade se ampliar e tiver mais pessoas sabendo ler e escrever, passando a aspirar a um pouco mais do que simplesmente aprender a ler e a escrever.
Uma segunda condição é que haja disponibilidade de material de leitura, criar condições para que os alfabetizados passem a ficar imersos em um ambiente de letramento, para que possam entrar no mundo letrado, ou seja, num mundo em que as pessoas tenham acesso à leitura e à escrita, acesso aos livros, revistas e jornais, acesso às livrarias e bibliotecas, viver em tais condições sociais que a leitura e a escrita tenham uma função para elas e torne-se uma necessidade e uma forma de lazer.
O QUE É LETRAMENTO?
Letramento não é um gancho
em que se pendura cada som enunciado,
não é treinamento repetitivo
de uma habilidade,
nem um martelo
quebrando blocos de gramática.
Letramento é diversão
é leitura à luz de vela
ou lá fora, à luz do sol.
São notícias sobre o presidente
O tempo, os artistas da TV
e mesmo Mônica e Cebolinha
nos jornais de domingo.
É uma receita de biscoito,
uma lista de compras, recados colados na geladeira,
um bilhete de amor,
telegramas de parabéns e cartas
de velhos amigos.
É viajar para países desconhecidos,
sem deixar sua cama,
é rir e chorar
com personagens, heróis e grandes amigos.
É um atlas do mundo,
sinais de trânsito, caças ao tesouro,
manuais, instruções, guias,
e orientações em bulas de remédios,
para que você não fique perdido.
Letramento é, sobretudo,
um mapa do coração do homem,
um mapa de quem você é,
e de tudo que você pode ser.
A alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto e de sua utilização como código de comunicação.
De um modo mais abrangente, a alfabetização é definida como um processo no qual o indivíduo constrói
a gramática e em suas variações.
Fica evidente quando comparado o estudo de autores que existe uma diferença fundamental entre
alfabetização e letramento. Para eles, a alfabetização é um processo praticamente mecânico apreendido,
na maioria das vezes, dentro das salas de aula e o letramento é um conjunto de conhecimentos que o
indivíduo acumula ao longo da vida. Seguindo esta linha de pensamento a alfabetização um dia tem fim,
isto é, termina quando o indivíduo adquire a capacidade de compreensão dos sinais que compreendem
determinada língua escrita.

Logo, é importante ressaltar que alfabetização e letramento caminham juntos embora nem todo sujeito
letrado precisa, necessariamente, ser alfabetizado. É difícil imaginar, no entanto, que alguém possa
exercer tal condição em grau satisfatório (o mais alto deles) sem que antes tenha sido alfabetizado. Este
fato pode ser explicado se considerarmos que a maioria absoluta dos conhecimentos que se pode
adquirir está disponível na forma de símbolos.

Por outro lado, os autores ressaltam que mesmo antes da humanidade ter conhecimento das letras
(símbolos), já possuíam algum grau de letramento, no sentido atual de sua aplicabilidade, e este fato é
evidente se raciocinados a complexidade exigida para elaboração do atual sistema de escrita,
embora saibe-se que a escrita surgiu ao acaso, motivada pela necessidade de comunicação.

PARA ORGANIZAR INFORMAÇÕES

PARA ORGANIZAR AS INFORMAÇÕES – 18/09/09

Esta aula, sinceramente, foi a mais complicada de todas as que eu apliquei até agora. O título da atividade da aula 1 da unidade 20 é “Uma história sem pé nem cabeça” e para as crianças realmente causou dor de cabeça. Foi uma confusão, pois não conseguiam encaixar as informações.
Então, ao observar que eles estavam confusos, comecei a questioná-los sobre as informações que o texto fragmentado possuía e se as mesmas, de alguma maneira, não se encaixavam. Os alunos ficaram confusos, porque eles observaram que as frases, ou informações tinham uma sequência, elas terminavam com palavras que eles conseguiam, em alguns casos, encaixá-las..
Pediram minha ajuda e, eu auxiliei-os indicando as 5 primeiras informações e, a partir daí, conseguiram montar a história.
Foi divertido e demorada a atividade desta unidade...mas ao final conseguiram entender que o texto tem que ter uma unidade, tem que ter coerência, não basta simplesmente jogar frases soltas, sem que elas se encaixem com o contexto.
Ou seja, existem diferentes pistas que colaboram na ordenação dos fatos, que são a pontuação, a concordância e o sentido.

BRINCANDO COM OS SONS

BRINCANDO COM OS SONS – 11/09/09

Sarita! Quem é essa figura? Vocês a conhecem

Quando questionei-os de quem era, o que fazia, onde vivia, responderam com entusiasmo e animação...inventaram coisas a imaginação foi longe.
Ao copiar o texto “Sarita” da unidade 17 (aula 3) , todos acharam engraçado devido a sonoridade das palavras...iam lendo ao mesmo tempo que copiavam do quadro.
Lemos em voz alta o texto, pronunciando as palavras com empolgação...foi uma brincadeira animada.
Em sequência, pedi que assinalassem todas as palavras que começassem com “s”, que fossem verbos, nomes e adjetivos. Nesta atividade, encontraram maior dificuldades, pois não conseguem classificar as palavras.
Ao corrigirmos perceberam que não conseguiram, no entanto ao fazerem o poema, foram ágeis e rápidos, pois entenderam a proposto e gostaram de produzi-la.
Assim como na proposta da aula 3 tiveram que obedecer as exigências do texto. Na 1ª estrofe caracterizar o personagem, na 2ª estrofe o que gostava de fazer e na 3ª estrofe a mudança. No entanto pedi-lhes que escolhessem um colega de sala de aula...
Os textos ficaram muito bons e originais.


Texto produzido pelo aluno Guilherme Fraga
Turma 51 da Escola Olavo Bilac – Imbé/RS


Felipe
Felipe Felipão
Gosta de feijão
É um bonitão
E é trapalhão

Felipe gosta de falar
Mas não quer casar
Ele gosta de jogar
Mas não brigar

Felipe é feio
Mas vai ao rodeio
E não é mais solteiro.

domingo, 13 de setembro de 2009

BRINCANDO DE QUEBRA CABEÇA 08/09/09

Um dos recursos essenciais na procura do conhecimento em geral é a pergunta. As questões que nos fazemos, ou fazemos aos outros, são uma boa medida do nosso interesse e dos caminhos que percorremos, quando queremos aprender alguma coisa. São, afinal, uma forma importante de interação com o mundo.
Para aprender a ler, o aluno tem que conhecer as pistas que o próprio texto oferece ao leitor. Informações que aparecem estampadas no texto, mas que precisam ser descobertas pelo leitor para compreensão global.
Pensando em ensinar a ler para aprender que minha atividade da unidade 15 começou com uma pergunta simples “Qual é o título do texto?”. Separei a turma em pequenos grupos e entreguei-lhes os textos da aula 7 “Brincando de quebra-cabeça”, juntamente com os títulos separados e pedi-lhes que encontrassem os títulos dos textos.
Em princípio achei que iriam demorar a localizarem os títulos, mas tão grande foi minha surpresa, que conseguiram em quinze minutos localizarem os textos com seus devidos títulos.
Após encontrarem o título dos textos, grifei algumas palavras para que localizassem no dicionário.
Corrigimos e usamos as mesmas palavras na confecção de bilhetes para o “Grande concurso de frases sobre drogas” que acontecerá no final do mês de setembro e que faz parte do meu projeto final como uma atividade apresentada.
Assim, ao término do trabalho, desenvolvi no meu aluno a habilidade de compreender a leitura após a investigação prévia do texto

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

SE EU FOSSE VOCÊ...

SE EU FOSSE VOCÊ


SE EU FOSSE VOCÊ EU APRENDERIA A APRENDER
SE EU FOSSE VOCÊ EU APRENDERIA A ENTENDER
SE EU FOSSE VOCÊ EU APRENDERIA A ESCUTAR
SE EU FOSSE VOCÊ EU APRENDERIA A NÃO INCOMODAR

AGORA VAMOS LÁ COMEÇAR A ESTUDAR
AGORA VAMOS VER SE COMEÇOU A ENTENDER
E AGORA VAI VER COMO É BOM APRENDER
E AGORA VAMOS LÁ NA 6ª SÉRIE ESTUDAR

Bruno Luis Alves da Silva - turma 52
Escola Olavo Bilac
28/08/09

A atividade preparada para aula foi muito interessante, primeiramente apresentei o cartaz do filme brasileiro “Se eu fosse você” e questionei-os a respeito das imagens e informações que foram acumulados ao longo da vida e recuperamos para entendê-lo. Datas, sensações, nomes, números e valores.
Quem é o Eu e o VOCÊ neste contexto?
Os alunos fizeram a reflexão a partir dos elementos encontrados com o conhecimento prévio e a multiplicidade de sentidos e das palavras.
Ao questionarmos o texto e localizarmos todos os significados da imagem, fizemos um amigo oculto, mas a revelação tinha que ser uma charada “se eu fosse você” e falaram o que fariam no lugar do outro. Esta atividade gerou discussões, pois alguns não gostaram...um aluno não quis participar, porque de repente se sentiu ameaçado, ou seja, quem são eles para o julgarem...
A partir daí sugeri que escrevessem um poema com o título: “Se eu fosse você” e se imaginassem outra pessoa para poderem escrever o que ela poderia escutar.
A leitura foi ao grande grupo e todos gostaram bastante do que escutaram, as produções ficaram ótimas.

SE EU FOSSE VOCÊ, NÃO GRITARIA
SE EU FOSSE VOCÊ, AMARIA
SE EU FOSSE VOCÊ, BRINCARIA
SE EU FOSSE VOCÊ, CUIDARIA DOS FILHOS.

SE EU FOSSE VOCÊ, SERIA COLORADA
SE EU FOSSE VOCÊ, GOSTARIA DE SER AMADA
SE EU FOSSE VOCÊ, GOSTARIA DE AMAR
SE EU FOSSE VOCÊ, SAIRIA PRA DANÇAR

Tauana M. Portella – turma 52
Escola Olavo Bilac
01/09/09