quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Um pouco de tudo um pouco de mim


Um pouco de tudo um pouco de mim

Sabe aquele “serzinho” que senta sozinho, bem quietinho no seu canto e não incomoda ninguém, eu era assim, um patinho feio no meio de tantos cisnes, me sentia assim, com medo de tudo e todos.
Muitas vezes olhava para os lados e não via nada, apenas aquela professora “Tia Emy”, uma senhora bastante idosa, que mais parecia uma avó e não uma professora. Mas ela era especial, pois fez eu ver um mundo um pouco mais colorido do que aquele que via.
UM patinho feio que queria ser bonito, lindo, vistoso. Eu queria “apreender” tudo o que estava a minha volta. Algumas coisas me deixavam nervosa, amedrontada, porque eu sabia que tinha tanta gente mais capaz naquela sala de aula. Eu era desengonçada, apavorada e calada, tinha medo de tudo até mesmo de falar.
Mas um dia a “Tia Emy” , apresentou uma pequena abelhinha que começava com a letra “A” foi a primeira letra que eu “apreendi” e La nos contou a história desta triste personagem, que se parecia muito comigo, ela não tinha uma asa e todos ficaram sensibilizados com aquilo, pois queríamos saber se algum dia poderíamos encontrá-la.
Ela nos explicou que sim, “todos seremos felizes”, inclusive a nossa abelhinha.
Ao longo da minha 1ª série, tive dúvidas que pude saná-las com o convívio entre colegas e professores, a partir daquele dia em que minha primeira professora abriu, ou me mostrou um mundo diferente, tive certeza de que um dia, quem sabe seria um cisne. Acreditei muito nisso e lutei com meu conhecimento pra ser diferente daquele patinho feio.
Os colegas, ah os colegas, foram eles que me mostraram que eu era muito importante naquela turma, pois eu tinha facilidade e ajudava-os muito, sempre estava disponível para ajudá-los, principalmente os retardatários.
Eu tinha uma dúvida muito grande...quando eu saberia todas as palavras, será que aprenderíamos todas as palavras da face da Terra, ou não conseguiríamos?
Ao longo do ano aquele patinho feio que sentava no meio da sala, começou a se transformar, sabia que algo dentro de mim, mudaria ao longo de minha vida, após aquela abelha e aquela querida professora, tudo se tornou diferente em minha vida.
No final do ano, conseguimos uma nova asa a nossa abelhinha, e nós já sabíamos ler e escrever, ali iniciou um novo mundo para todos os alunos da Tia Emy.
E, eu já não era mais um patinho tão feio, começava a nascer um nova plumagem em meu corpo, ou seja, algumas coisas começaram a mudar em minha vida, graças ao meu processo de alfabetização.
Nos anos seguintes, comecei a não me sentir um patinho tão feio, mas um patinho com algumas qualidades, fui adquirindo novas palavras e conceitos que me ajudaram a ser e a adquirir o conhecimento que hoje eu tenho. Hoje não me sinto assim, acredito que tudo o que eu apreendi, nesses anos todos me transformaram em um cisne, não tão grande, mas com porte de majestade.
O conhecimento nos transforma em seres altamente corajosos e guerreiros, pois ele nos dá força para enfrentarmos os desafios que a vida nos impõe.
Viver e não ter a vergonha de ser feliz, cantar e cantar e cantar, para que um dia possamos dizer: “ tudo valeu a pena, se alma não é pequena”.
Aquele patinho feio já não existe mais dentro de mim, hoje sou um cisne e sei dos meus valores e competências, sei que sou capaz de atravessar muitos obstáculos, principalmente em minha profissão e no meu processo de conhecimento.
Tudo que sei, tudo que vi e tudo o que aprendi, valeu e sou feliz por ser o que sou hoje.

HISTÓRIAS DE HOJE E SEMPRE

“Elaboração de um livro de histórias”
Esta atividade do TP 1, foi proposta com o objetivo de montar um livro de histórias das turmas, as quais trabalhei com o Gestar II e, por isso, levei três semanas na elaboração da atividade, pois tive que ceder várias aulas de Língua Portuguesa para a conclusão e organização do projeto final deste trabalho, durante o ano de 2009. Acredito que tudo valeu a pena, pois o empenho tanto meu, quanto da escola como dos alunos para que tudo desse certo, foram importantíssimos para o término do mesmo.
A proposta é a seguinte:

1 - Errando histórias

Vamos errar de propósito algumas histórias conhecidas para ver do que nossa imaginação é capaz? Então, mãos à obra! Reúna-se com seus colegas e escolham um dos inícios de contos de fadas abaixo, deem asas à imaginação e escrevam a continuação da história
Após a leitura da história clássica da Bela Adormecida para a 5ª série, o professor propôs a elaboração de histórias a partir das propostas abaixo:

• Era uma vez uma menina que se chamava Chapeuzinho Amarelo e morria de medo de lobo.
• No meio de uma floresta densa e escura, viviam felizes quatro porquinhos músicos e cantores.
• E de uma ninhada de patos nasceu um patinho lindo, que era elogiado por sua beleza e inteligência por todos os animais. Um cisne feio e invejoso...
• Na hora do baile real, a irmã mais velha de Cinderela foi à horta apanhar hortelã para mastigar e ficar com o hálito cheiroso. A fada madrinha de Cinderela, por ser míope e ter esquecido os óculos na Terra do Encanto, confundiu a irmã com a afilhada e então...

2 - Histórias ao contrário

Vamos inverter os papéis das personagens e escrever uma história ao contrário?
Após a leitura da história clássica da Bela Adormecida para a 5ª série, o professor propôs a elaboração de histórias a partir das propostas abaixo:

• A Cinderela é tão má e desobediente que deixa a madrasta enlouquecida: não ajuda em casa, vai mal na escola e ainda tenta roubar os namorados das irmãs.
• Branca de Neve é feia e tem uma raiva danada da rainha por ser tão bela e bondosa. Não ouve os conselhos e fez amizade com uma turma da pesada.
• A Bela Adormecida acha que dormir é a chave para ser bela e jovem. Então, em qualquer cantinho e a qualquer hora, ela dorme...dorme...dorme...
• João e Maria não têm coração: abandonaram os pais, velhinhos e sem força para trabalhar, numa rua movimentada de uma grande cidade.

Os alunos trabalharam em sala de aula com pequenos grupos, trios ou duplas e após a confecção dos textos, desenharam a história, todo esse material fará parte do Livro produzido pelas turmas de 5ª e 6ª série do Ensino Fundamental da Escola Olavo Bilac em Imbé, o qual será apresentado numa exposição na escola e no município.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

DEFENDENDO IDEIAS

Usamos a língua não apenas para retratar o mundo ou dizer algo sobre as coisas, mas principalmente para atuar; agir sobre o mundo e as coisas; para produzir resultados a partir de nossas ações linguísticas.
E o texto publicitário é um conjunto de linguagem verbal e visual e tem como objetivo “vender” um produto ou uma ideia. A partir dessa análise, apresentei a atividade 1 da unidade 21 que defende e tenta persuadir o leitor através do texto publicitário.
Primeiramente, analisamos o título da propaganda “Você bonita da cabeça aos pés”
A quem se dirige esta frase e qual a intenção, a importância do texto e da imagem, enfim de toda a propaganda. A discussão foi muito entusiasmada.
A partir daí, distribuí imagens de produtos de revista a cada aluno e a tarefa seria fazer um propaganda da imagem com os critérios:

1º criar uma frase chamativa;
2º qualificar o produto ou a imagem;
3º dar um nome a esse produto ou imagem;

A atividade foi muito legal e todos conseguiram alcançar os objetivos propostos e os trabalhos ficaram muito bons.
O texto publicitário procurou convencer o leitor a executar uma determinada ação.

A PROGRESSÃO TEXTUAL

A PROGRESSÃO TEXTUAL

Comecei a atividade da unidade 19 propondo criar, juntamente com os alunos, uma história a partir dos elementos essenciais da narrativa.
Distribuí cartelas separadas, na qual cada dupla escrevesse uma resposta para cada uma das seguintes perguntas.

Título: A Chapeuzinho Vermelho
O que aconteceu? Eles caíram num poço bem fundo.
Onde aconteceu? Em uma terra invisível além dos mares.
Quando aconteceu? 20 de outubro de 2008.
Quem foram os envolvidos? Os animais e as pessoas.
Qual foi o desfecho? Eu caí em um rio com cobras e lagartos.

As respostas foram as mais diversas e engraçadas. Após a coleta das mesmas, os alunos escreveram o texto, no qual tiveram que adequar e manter a coesão seqüencial, estabelecendo relações de encadeamento entre as partes do texto, produzindo a progressão temática.

Texto dos alunos: Érica e Jorge da 5ª série – turma 51 – Escola Olavo Bilac

A Chapeuzinho Vermelho
Em uma terra invisível além dos mares, bosques, arroios, riachos e etc, havia muitas pessoas perdidas porque era um labirinto e não tinha saída.
No dia 20 de outubro de 2008, aconteceu uma tragédia, muitos animais e pessoas caíram num poço bem fundo que não tinha volta.
Eles conseguiram sair coma ajuda de uma menina que jogou uma corda para que subissem.
A menina levou-os para uma cidade e deixou os animais coma veterinária e as pessoas levou para uma cabana, trancou a porta e as janelas, porque quando a lua surgisse as almas dos mortos vagariam até o amanhecer. Eles perguntaram o nome da menina e ela respondeu:
- O meu nome é Chapeuzinho Vermelho!
No outro dia, todos foram no rio pescar, mas eles não sabiam que ali tinha cobras e lagartos, quando todos foram mergulhar no rio, também passaram a vagar com as outras almas.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009


ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO


ARTIGO: ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Ao iniciar a reflexão em que haverá uma abordagem sobre Alfabetização e Letramento, torna-se necessário, buscar o significado exato das duas palavras tão distintas:
Alfabetização = ação de ensinar/aprender a ler e a escrever
Letramento = estado ou condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva
e exerce as práticas sociais que usam a escrita
cultiva = dedica-se a atividades de leitura e escrita
exerce = responde às demandas sociais de leitura e escrita

Assim obtêm-se o verbo "letrar" para nomear a ação de levar os indivíduos ao letramento... e, alfabetizar e letrar como duas ações distintas, mas não inseparáveis, ao contrário: o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e a escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo se tornasse, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado.
Socialmente e culturalmente, a pessoa letrada já não é a mesma que era quando analfabeta ou iletrada, ela passa a ter uma outra condição social e cultural - não se trata propriamente de mudar de nível ou de classe social, cultural, mas de mudar seu lugar social, seu modo de viver na sociedade, sua inserção na cultura - sua relação com os outros, com o contexto, com os bens culturais, torna-se diferente.
Tornar-se letrado é também tornar-se cognitivamente diferente: a pessoa passa a ter uma forma de pensar diferente da forma de pensar de uma pessoa analfabeta ou iletrada.
Aos despertar para o fenômeno do letramento – estar incorporando essa palavra ao vocabulário educacional - significa que já se compreende que o problema não é apenas ensinar a ler e a escrever, mas é, também, e sobretudo, levar os indivíduos - crianças e adultos - a fazer uso da leitura e da escrita, envolver-se em práticas sociais de leitura e de escrita.
Mas é preciso que haja, pois, condições para o letramento.
Uma primeira condição é que haja escolarização real e efetiva da população - só se dá conta da necessidade de letramento quando o acesso à escolaridade se ampliar e tiver mais pessoas sabendo ler e escrever, passando a aspirar a um pouco mais do que simplesmente aprender a ler e a escrever.
Uma segunda condição é que haja disponibilidade de material de leitura, criar condições para que os alfabetizados passem a ficar imersos em um ambiente de letramento, para que possam entrar no mundo letrado, ou seja, num mundo em que as pessoas tenham acesso à leitura e à escrita, acesso aos livros, revistas e jornais, acesso às livrarias e bibliotecas, viver em tais condições sociais que a leitura e a escrita tenham uma função para elas e torne-se uma necessidade e uma forma de lazer.
O QUE É LETRAMENTO?
Letramento não é um gancho
em que se pendura cada som enunciado,
não é treinamento repetitivo
de uma habilidade,
nem um martelo
quebrando blocos de gramática.
Letramento é diversão
é leitura à luz de vela
ou lá fora, à luz do sol.
São notícias sobre o presidente
O tempo, os artistas da TV
e mesmo Mônica e Cebolinha
nos jornais de domingo.
É uma receita de biscoito,
uma lista de compras, recados colados na geladeira,
um bilhete de amor,
telegramas de parabéns e cartas
de velhos amigos.
É viajar para países desconhecidos,
sem deixar sua cama,
é rir e chorar
com personagens, heróis e grandes amigos.
É um atlas do mundo,
sinais de trânsito, caças ao tesouro,
manuais, instruções, guias,
e orientações em bulas de remédios,
para que você não fique perdido.
Letramento é, sobretudo,
um mapa do coração do homem,
um mapa de quem você é,
e de tudo que você pode ser.
A alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto e de sua utilização como código de comunicação.
De um modo mais abrangente, a alfabetização é definida como um processo no qual o indivíduo constrói
a gramática e em suas variações.
Fica evidente quando comparado o estudo de autores que existe uma diferença fundamental entre
alfabetização e letramento. Para eles, a alfabetização é um processo praticamente mecânico apreendido,
na maioria das vezes, dentro das salas de aula e o letramento é um conjunto de conhecimentos que o
indivíduo acumula ao longo da vida. Seguindo esta linha de pensamento a alfabetização um dia tem fim,
isto é, termina quando o indivíduo adquire a capacidade de compreensão dos sinais que compreendem
determinada língua escrita.

Logo, é importante ressaltar que alfabetização e letramento caminham juntos embora nem todo sujeito
letrado precisa, necessariamente, ser alfabetizado. É difícil imaginar, no entanto, que alguém possa
exercer tal condição em grau satisfatório (o mais alto deles) sem que antes tenha sido alfabetizado. Este
fato pode ser explicado se considerarmos que a maioria absoluta dos conhecimentos que se pode
adquirir está disponível na forma de símbolos.

Por outro lado, os autores ressaltam que mesmo antes da humanidade ter conhecimento das letras
(símbolos), já possuíam algum grau de letramento, no sentido atual de sua aplicabilidade, e este fato é
evidente se raciocinados a complexidade exigida para elaboração do atual sistema de escrita,
embora saibe-se que a escrita surgiu ao acaso, motivada pela necessidade de comunicação.

PARA ORGANIZAR INFORMAÇÕES

PARA ORGANIZAR AS INFORMAÇÕES – 18/09/09

Esta aula, sinceramente, foi a mais complicada de todas as que eu apliquei até agora. O título da atividade da aula 1 da unidade 20 é “Uma história sem pé nem cabeça” e para as crianças realmente causou dor de cabeça. Foi uma confusão, pois não conseguiam encaixar as informações.
Então, ao observar que eles estavam confusos, comecei a questioná-los sobre as informações que o texto fragmentado possuía e se as mesmas, de alguma maneira, não se encaixavam. Os alunos ficaram confusos, porque eles observaram que as frases, ou informações tinham uma sequência, elas terminavam com palavras que eles conseguiam, em alguns casos, encaixá-las..
Pediram minha ajuda e, eu auxiliei-os indicando as 5 primeiras informações e, a partir daí, conseguiram montar a história.
Foi divertido e demorada a atividade desta unidade...mas ao final conseguiram entender que o texto tem que ter uma unidade, tem que ter coerência, não basta simplesmente jogar frases soltas, sem que elas se encaixem com o contexto.
Ou seja, existem diferentes pistas que colaboram na ordenação dos fatos, que são a pontuação, a concordância e o sentido.